domingo, 13 de junho de 2010

A Pelada do Domingo

Não existe nada que sacie mais a sede futebolística do ser humano do que a Pelada do Domingo (com letra maiúscula pra demonstrar respeito).

É nela que todo homem – sempre um jogador frustrado – realiza seus sonhos, onde a linha entre o mudo real e o da fantasia se desfaz, onde quadras de cimento se tornam imensos estádios. É lá que a honra e coragem se tornam um sentimento tangivelmente legítimo e o garoto se torna homem.

Até porque todo grupo de pelada tem um quê de Clube da Luta. Você não reconhece na rua aquele goleiro que sangrou para defender sua balisa ou o artilheiro que torceu o pé para não perder a bola, aquele cara de terno ou farda é só uma casca aprisionando o atleta que espera o próximo Domingo.

Não importa se na segunda-feira respirar dói, ou se fica impossível caminhar sem mancar porque, assim como no livro do Chuck Palahniu, as cicatrizes são guardadas como verdadeiros troféus de resistência e força.

As Peladas do Domingo são vitais para a humanidade, porque é nela que o homem pode ser Homem em meio as frescuras do mundo moderno.

2 comentários:

Audaci Junior disse...

"A-I"!!!!

13 de junho de 2010 às 13:26
F/X disse...

Sensacional. Vida longa à pelada, aos goleiros que sangram, aos atacantes que enchem o pé para não encher o saco na vida cotidiana. A semana toda penso no domingo. Agora sei porque se chama 'Pelada'.

15 de junho de 2010 às 07:38

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