Paraguai 1 x 1 Itália, Juventus 0.

Paraguai 1 x 1 Itália, Juventus 0.

Antes de mais nada é bom avisar: sou (também) torcedor da Itália, um filho de italiano berrando pela Azzurra. Pois bem, um post do lado italiano.

A atual campeã mundial não conseguiu passar por cima dos nossos vizinhos Paraguaios.

Uma Itália com maior posse de bola mas sem alguma objetividade e um Paraguai que não conseguiu repetir o bom futebol ofensivo das eliminatórias. Resultado: empate justo e um jogo de bolas alçadas na área e sem muitas ocasiões de gol. Quase um amistoso.

Fabio Cannavarro (escolhido como melhor do mundo pela Fifa em 2006), apesar da boa partida, esqueceu de saltar no cruzamento paraguaio deixando Alcaraz marcar o primeiro gol da peleja aos 39 minutos de jogo. Montolivo, apesar de suas boas prestações pela Fiorentina, é um jogador incapaz de substituir Andrea Pirlo na seleção. Sem personalidade, não consegue ditar o ritmo de jogo nem criar oportunidades para os invisíveis Iaquinta e Gilardino. Alguém explica por que Di Natale não entrou como titular? E tem... Marchisio. Esse eu prefiro não falar... Afinal de contas, não quero faltar com o respeito ao rapaz.

Vale lembrar: Buffon, Cannavaro, Chiellini, Marchisio, Camoranesi e Iaquinta são todos jogadores da Juventus de Turim, time que tomou 56 gols no campeonato italiano, sendo a 5º defesa mais vazada e fazendo uma das piores temporadas na história da Vecchia Signora. Se eu sei disso, o Lippi também deve saber.

O destaque positivo foi Daniele De Rossi e Simone Pepe. Diferentemente de 2006 quando foi expulso contra os EUA e suspenso por 4 jogos, De Rossi mostrou a que veio, consistente na defesa e roubando muitas bolas, acabou marcando o gol italiano aos 17 minutos da segunda etapa. Pepe me surpreendeu. A Itália pouco criou, mas as maiores oportunidades surgiram pelas arrancadas e cruzamentos de Pepe.

De mãos dadas, italianos e paraguaios caminham em direção as oitavas...

Ainda não deu tempo de Marcello Lippi, técnico da seleção italiana, se arrepender por ter deixado as jóias, Totti e Cassano, em casa torcendo. A hora vai chegar (e não promete tardar).

Gian Orsini